Governo garante que não trabalha com hipótese de racionamentoO horário de verão terminou no sábado, e os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste tiveram que atrasar os relógios em uma hora. Mas, desta vez, a economia de energia conseguida não foi tão grande quanto nos anos anteriores.
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), de 14 de outubro do ano passado até agora a economia total com o horário de verão foi de 2.027 megawatts – cerca de 200 megawatts a menos do que no ano anterior. Em outros anos, a economia em reais foi de R$ 40 milhões. Neste ano, caiu para R$ 10 milhões.
A economia com o horário de verão foi comprometida pelo uso das usinas termelétricas, acionadas em dezembro, quando o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas estava crítico. Só a partir da metade do mês de janeiro as chuvas começaram a cair nas áreas que mais preocupavam o governo: as bacias dos rios que abastecem os reservatórios das regiões sudeste e centro-oeste, os principais do país, onde o nível da água está agora quatro pontos percentuais acima da curva de risco.
Hoje, só 59,9% da capacidade dessas represas está preenchida. No Nordeste, o nível é de 39,8%. No Sul, 57,7%, e na região Norte, 36,9%. Como as chuvas devem continuar, o governo prevê que o os reservatórios vão encher ainda mais e mantém afastada a possibilidade de racionamento de energia.
– Não estamos trabalhando com risco de racionamento. Não temos essa hipótese para 2008 – diz Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.
Mesmo assim, o governo ainda não decidiu se vai desligar as termelétricas.
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Portal do Meio Ambiente, 19/02/2008)