A população de elefantes nas florestas congolesas triplicou desde 1980, passando de 10.800 para mais de 30.000, segundo uma estimativa apresentada na segunda-feira (18/02) pelo ministro congolês da Economia Florestal, Henri Djombo. "Concretamente, há mais de 30.000 elefantes no país. É um índice que mostra uma melhora na nossa gestão ambiental. É a expressão de nossa política de conservação", comemorou Djombo, reconhecendo que esta população foi sem dúvida reforçada pelo êxodo destes paquidermes de países vizinhos.
"A maior parte dos animais ameaçados nos Camarões e na República Centro-Africana (vizinhos) acabam vindo para o Congo, porque no Congo há uma pressão demográfica menor e a luta contra a caça ilegal se intensificou mais", explicou o ministro à imprensa. Ele ressaltou, no entanto, que apesar desta luta contra a caça, os "paquidermes são freqüentemente mortos por uma rede mafiosa internacional de comércio ilegal de marfim" no Congo, sem fornecer maiores detalhes.
O aumento da população também é acompanhado pela destruição das plantações pelos elefantes, como reconheceu Djombo. "Esta destruição das plantações não nos agrada. Devemos assegurar a estas populações um meio de vida", comentou o ministro. Cerca de 60% dos 342.000 km2 da superfície do Congo é coberta pela floresta, que representa 10% da Bacia do Congo, considerada o segundo pulmão ecológico do planeta depois da Amazônia. Situado no noroeste do país, o Parque Nacional de Odzala Kokoua e seus 13.000 km2 abrigam a maior parte da população de elefantes do Congo.
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AFP, 19/02/2008)