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febre amarela
2008-02-19

Milhares de paraguaios foram aos postos de saúde do país para tomar a vacinar contra a febre amarela, enquanto o Governo tenta evitar que a doença seja usada na campanha para as eleições presidenciais de 20 de abril, que começou nesta segunda-feira (18/02) oficialmente. Hoje prosseguiam as tarefas de imunização das pessoas que formavam grandes filas nos hospitais de Assunção e dos municípios contíguos, um dia depois que mais de 150 mil habitantes da região foram vacinados com parte das 800 mil doses enviadas pelo Brasil e das 140 mil procedentes do Peru.

As autoridades de saúde tentam, sem sucesso, explicar aos paraguaios que, de acordo com as normas internacionais, só é recomendada a vacinação nas regiões onde a doença foi detectada. Ainda não há registros de febre amarela na capital. Segundo os dados oficiais, foram detectados este ano seis casos confirmados da doença, outro cinco "altamente prováveis" e oito suspeitos, enquanto o ministro da Saúde, Óscar Martínez, reconheceu hoje que seis pessoas poderiam ter morrido em decorrência da febre amarela.

Além disso, Martínez rejeitou as denúncias da oposição e de alguns veículos de comunicação locais sobre a utilização das vacinas para apoiar os candidatos do governamental Partido Colorado nas eleições de abril. Nesse sentido, o ministro qualificou de "irresponsável" a denúncia de que o ex-ministro da Indústria e Comércio, José María Ibáñez, candidato da legenda para o Governo do departamento Central, obteve um lote de vacinas para distribuí-lo entre seus seguidores.

"Rejeito categoricamente que tenha havido uma politização quanto à vacinação", disse Martínez após uma reunião que manteve com o presidente paraguaio, Nicanor Duarte. "Acho que é uma denúncia irresponsável. Os senhores estão vendo como se está trabalhando nos centros médicos", destacou o ministro, que atribuiu à oposição a difusão desse tipo de boato.

Apesar das tentativas do Governo de desvincular da campanha eleitoral a crise sanitária, que obrigou o Executivo a declarar estado de calamidade pública na semana passada, vários setores da oposição pediram a saída do ministro da Saúde pelo que consideram uma má gestão da situação. Nas últimas horas, a renúncia do titular de Saúde foi pedida pelo presidente do Congresso, Miguel Saguier, senador do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), segunda maior legenda do país integrada na coalizão Aliança Patriótica para a Mudança (APC), que apresenta o ex-bispo católico Fernando Lugo como candidato presidencial.

Também apóiam sua renúncia dirigentes do Partido Pátria Querida (PPQ), terceira maior legenda, cujo candidato à Presidência é o empresário Pedro Fadul, que chamou Martínez de incompetente. No entanto, o ministro minimizou o fato e lembrou que sua permanência no cargo "é poder do presidente da República". O minoritário Partido Movimento ao Socialismo (P-MAS), que integra a APC, aproveitou a aparição da febre amarela para divulgar charges do mosquito transmissor da doença com os rostos do chefe de Estado e da candidata presidencial dos "colorados", Blanca Ovelar, e com seringas com a inscrição: "Que eles adoeçam".

Ovelar, ex-ministra da Educação, percorreu alguns bairros de Assunção para ajudar nas tarefas de eliminação dos possíveis focos do Aedes aegypti, um dos vetores da febre amarela. Ela rejeitou qualquer responsabilidade do atual Governo no surgimento da doença, cujo último registro no país ocorreu há 34 anos, e disse que pode ser um efeito "da mudança climática", e não do despreparo das autoridades. Como a ex-ministra, os especialistas aconselham para evitar uma epidemia a destruição dos focos do mosquito, que nas cidades é o mesmo que transmite a dengue, doença que no início do ano passado matou 17 pessoas e infectou mais de 27 mil indivíduos.

A vacinação em massa se concentra na cidade de San Lorenzo, vinte quilômetros de Assunção, onde se suspeita que três pessoas morreram pela doença. A última vítima teria sido um jovem de 18 anos que faleceu no domingo em um hospital de Assunção no qual estava internado com os sintomas de febre amarela. As autoridades sanitárias anunciaram também que aguardam a chegada, nas próximas horas, de outras cem mil doses de vacinas oferecidas pela Venezuela. Além disso, ressaltaram que através da Organização Pan-americana de Saúde (OPS) receberão outras 600 mil vacinas nos próximos quinze dias.

(UOL, 18/02/2008)


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