Nas últimas semanas novos casos de depredação e furto de contêineres para recolhimento de lixo foram registrados na cidade. Os delitos ocorreram em várias regiões, principalmente na área central, sendo constatados por funcionários da empresa Rio Grande Engenharia Ambiental, responsável pela coleta de resíduos.
De acordo com dados da Secretaria Municipal dos Serviços Urbanos (SMSU) os crimes se tornaram freqüentes, em especial, nos últimos dois meses. Nesse período foram detectados 11 casos de depredação de contêineres. Os que não foram quebrados ou incendiados, os bandidos levaram. Os recipientes atacados pelos criminosos estavam fixados em vias como a Acácia Rio-grandense, a Duque de Caxias, a Andrade Neves, a Marcílio Dias, a avenida Portugal, dentre outras. Não existe qualquer indício dos autores destes delitos.
A SMSU solicita à comunidade para denunciar esses delitos às autoridades policiais. Cada unidade coletora de lixo, com capacidade para mil litros, custa cerca de R$ 800,00. O prejuízo aos cofres públicos com a reposição desse material já passa de R$ 9 mil. O titular da pasta, secretário Edes Andrade Filho, ressaltou que “ao invés de projetarmos recursos para aprimorar e expandir a coleta de resíduos em outras áreas temos que reservar recursos para repor estes contêineres”.
Atos praticados por jovens
Segundo a Polícia, muitas das depredações são praticadas por jovens. Inclusive menores já foram flagrados depredando praças e locais públicos. Até mesmo ateando fogo em contêineres de lixo a Polícia já deteve dois menores. Esse fato ocorreu no centro e envolveu adolescentes de 16 anos. A dupla teria ateado fogo em dois telefones públicos, um coletor de lixo e ainda na porta de uma residência. As chamas foram controladas pelos próprios PMs, que seguiram o rastro dos delinqüentes.
Orelhões também não escapam
Casos de furto e vandalismo contra aparelhos de telefone público, também são verificados com freqüência. Os bandidos arrombam os orelhões e de seu interior furtam peças como placa principal, leitora, “display” e monofone. No início do mês passado o levantamento feito por uma empresa de telefonia que presta serviços à Brasil Telecom apontou que pelo menos 15 aparelhos haviam sido afetados em todo o perímetro compreendido entre a rua Roberto Socoowski e a Vila Portuária. A situação causa grande prejuízo, principalmente à comunidade, que fica sem o serviço até que seja feita a reposição dos equipamentos.
Locais públicos estão no alvo
Casos de vandalismo têm sido registrados com freqüência na cidade. Além da depredação de contêineres, locais públicos, como praças e prédios e lâmpadas do sistema de iluminação são constantemente atacados por criminosos. A situação preocupa as autoridades, que contam com apoio da comunidade para a identificação e prisão dos autores destes atos. Recentemente o chapéu de palha e placas de sinalização do parque linear da avenida Atlântica, no balneário Cassino, foram danificadas. O quiosque foi incendiado e os dispositivos derrubados.
(Por Valério Cabral, Diário Popular, 17/02/2008)