Mais de quinze dias após o fim do combate aos focos do pior incêndio da Reserva Ecológica do Taim, administrada pelo Instituto Chico Mendes, órgãos e entidades deverão concluir como será feito o monitoramento do local. Inicialmente prevista para ocorrer na semana passada, a reunião, que contará com a participação das equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Estação Ecológica do Taim e demais órgãos envolvidos, foi marcada para o dia 21, às 14h, no escritório do Ibama em Porto Alegre. O encontro será o primeiro de outros nos quais o processo de fiscalização sofrerá ajustes para obter melhor eficiência. Entre os pontos a serem discutidos para o monitoramento está o controle efetivo de quem acessa a Reserva, como grupos de pesquisa.
Depois do combate aos focos e do rescaldo, a Reserva recebeu monitoramento intensificado pelas equipes locais, além da visita de técnicos da Fundação Zoobotânica (FZB) e da Divisão de Unidades de Conservação (DUC) do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) que auxiliaram na análise dos quase cinco mil hectares atingidos.
De acordo com o Ibama, o restabelecimento da área será um processo natural. Não está prevista a intervenção humana para acelerar o restabelecimento de espécies de animais, ou mesmo das plantas. “Faremos um trabalho minucioso da fauna e flora existentes na Reserva, que nos dará uma idéia mais concreta de quais foram os prejuízos causados pelo incêndio”, diz Sandro Klippel, coordenador do grupo de trabalho criado para estudar o caso. Enquanto isso, equipe da Brigada Prevfogo e demais técnicos do Ibama fiscalizam o local.
(Por Camila Almeida, Diário Popular, 18/02/2008)