A liberação da comercialização de duas variedades de milho transgênico acarretará no aumento do número dos exames realizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Agricultura (Mapa). O Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) aprovou, na semana passada, a venda do MON810, da Monsanto, e do Liberty Link, da Bayer. Com a permissão para o plantio de duas cultivares geneticamente modificadas, deve subir a produção de alimentos com transgênicos. No entanto, é necessário que aqueles que contiverem acima de 1% de transgenia sejam identificados.
Conforme o gerente de produtos especiais da Anvisa, Antonio Aquino, o volume de análises crescerá, pois o milho é muito usado na fabricação de salgadinhos, de farinha e fubá. Até então, eram avaliados somente os alimentos elaborados com soja, única semente transgênica com plantio permitido. A fiscalização é feita de forma descentralizada. Para tanto, a Anvisa tem convênio com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, que monitoram indústrias e averiguam os produtos já no mercado. Caso seja detectada transgenia acima de 1% sem a identificação na embalagem, a empresa é notificada. Com reincidência, as penas são elevadas.
O coordenador de Biossegurança do Mapa, Marcus Coelho, explicou que cabe ao ministério a fiscalização de rações, bebidas e produtos de origem animal. 'Vai aumentar o volume de trabalho mas, como é muito recente, não temos como precisar quanto.'
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Correio do Povo, 18/02/2008)