Um programa criado no Centro Tecnológico e Operacional (CTO) do Sipam em Porto Velho está sendo 'exportado' para outros Estados da região amazônica. Trata-se do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE) que usa imagens de satélite e de alta definição para gerar informações sobre o desmatamento em Unidades de Conservação estaduais e federais e em terras indígenas. Os outros dois CTOs do Sipam, em Belém e Manaus, vão implementar o programa em suas áreas de abrangência ainda este ano. Nesta semana, três técnicos da Fundação Tecnológica do Estado do Acre (Funtac) estiveram no Sipam para aprender o uso e a metodologia do programa para utilizar naquele Estado.
O gerente do CTO Porto Velho, José Neumar Silveira, explica que o ProAE foi desenvolvido para auxiliar a fiscalização das áreas especiais e idealizado para ser entendido por qualquer pessoa – especialista ou não em geoprocessamento. "A facilidade na obtenção das informações a partir do programa foi o que norteou os analistas do CTO", disse.
Segundo o técnico Emerson Magnum, da Funtac, o programa tem como maior benefício a agilidade na geração da informação sobre o desmatamento. "Muitas vezes, quando se descobre a área afetada, não há mais sentido porque já se passou muito tempo", explica. Ele acrescenta que a Funtac usará o conhecimento desenvolvido no Sipam para fazer o diagnóstico de todo o território acreano e não só das áreas especiais. "Nossa função também é gerar informações para o planejamento territorial do Acre e desta forma orientar a formulação de políticas públicas. Com a metodologia do ProAE, este trabalho ficará mais fácil", afirmou.
(Luiza Arcanjo,
O Observador, 17/2/2008)