Os membros do Comitê Gestor de Produção e Consumo Consciente (CGPCS), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, começaram a discutir as prioridades que vão compor o Plano Nacional para Consumo e Produção Sustentável, na primeira reunião realizada sexta-feira (15/02).
O comitê fora instituído na véspera, por meio de decreto publicado no Diário Oficial da União, com o objetivo de implementar ações que reduzam o impacto ambiental sobre os bens de consumo no país.
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Departamento de Economia e Meio Ambiente do ministério, Luiz Fernando Merico, disse que o comitê pretende inserir a sustentabilidade na realidade brasileira, nos ambientes público e privado, com a participação da sociedade civil.
“Cada negócio é um negócio. Uma loja de roupa é muito diferente de uma oficina mecânica, mas, quando ambos aplicam uma gestão sustentável beneficiam a si próprios e ao consumidor. Todo mundo sabe que é assim, mas como fazer isso? Como organizar? É nesse sentido que o Plano Nacional de Produção Sustentável vai contribuir", disse Merico.
Segundo ele, com medidas simples é possível preservar o ecossistema e gerar lucros maiores para produtores e varejistas: "Podemos economizar energia e matéria-prima, gerar menos lixo, entre outras coisas. E acabamos economizando dinheiro. Todo o processo produtivo na sociedade acaba ficando mais eficiente – as pessoas têm mais emprego e geram bens com menos impacto ambiental. Esse é o elemento mais positivo desse processo”, acrescentou.
A primeira ação do comitê é a Campanha de Consumo Consciente, com o slogan A escolha é sua, o planeta é nosso. Ela deverá ser iniciada na Semana do Consumidor, de 10 a 15 de março.
Entre as prioridades do CGPCS estão: a integração de políticas produtivas, de consumo, ambientais e sociais; Diálogo e cooperação entre setores produtivos, governos e sociedade civil e Divulgação e Capacitação em Produção e Consumo Sustentável.
O comitê também vai contar com integrantes do governo federal, do setor privado e de organizações não-governamentais (ONGs). Cada órgão terá um representante, que vai ser substituído a cada dois anos. Já são parceiros do Comitê a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Fundação Getúlio Vargas, o Compromisso Empresarial para a Reciclagem e os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, entre outros.
(Por Paloma Santos, Agência Brasil, 17/02/2008)