Duas semanas depois de controlado o maior incêndio já registrado na Estação Ecológica do Taim, no extremo sul gaúcho, o momento agora é de atenção e cuidado. Analistas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) passarão os próximos meses acompanhando o processo de regeneração dos 4.760 hectares do banhado atingidos pelo fogo que se estendeu de 28 de janeiro a 2 de fevereiro.
Os especialistas reconhecem que nada pode ser feito para acelerar este processo. A ordem é esperar a natureza agir. Em 1994, um incêndio de proporções um pouco menores havia atingido a reserva. Pouco tempo depois, tanto vegetação quanto fauna conseguiram se recuperar. O que vai ser feito agora, no entanto, é reforçar a fiscalização do espaço, para evitar ao máximo a presença humana nas áreas de preservação. A principal suspeita é de que um andarilho, com um cigarro, tenha iniciado o último incêndio.
Prevenção também será imprescindível. Mesmo depois de controlado o fogo, brigadistas de incêndio ontinuam acampados em locais próximos à área queimada, já que esta é uma época propícia para incêndios naturais.
(Zero Hora, 17/02/2008)