O horário de verão 2007/2008, que terminou no domingo (17/02), possibilitou ao país economia de 2,027 mil megawatts no consumo de energia elétrica. A economia ficou quase no mesmo nível do verão 2006/2007, quando o consumo caiu 2,2 mil megawatts. A diferença marcante, porém, foi nos ganhos em dinheiro, que caíram de R$ 40 milhões na edição anterior, para apenas R$ 10 milhões agora.
Segundo o diretor do Operador Nacional do Sistema, Hermes Chipp, isso aconteceu porque foi preciso usar mais as usinas termelétricas, de operação mais cara, por causa do baixo volume de água nos reservatórios até a penúltima semana de janeiro, em função da estiagem.
Segundo Chipp, agora “a situação está tranquila, com os reservatórios do Sul, Sudeste e Centro-Oeste com volume acima da curva de segurança para a geração de energia”, e a captação deve aumentar nas próximas semanas, como prevê a meteorologia.
Esta foi a primeira reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico em 2008. O encontro realizado no Ministério de Minas e Energia, contou com a participação do ministro Edison Lobão e, pela primeira vez, de representantes da iniciativa privada – no caso da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
De acordo com o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, o objetivo é tornar “as decisões do comitê as mais transparentes possíveis”, inclusive com divulgação da ata conforme sugestão do próprio ministro.
Neste ano, o horário de verão teve 126 dias e vigorou nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal.
Esta é a 37ª edição do horário de verão. A experiência foi adotada pela primeira vez em 1931, mas só veio a funcionar de forma continuada a partir de 1985. Na década passada, os estados do Norte e Nordeste ficaram de fora, com exceção da Bahia, que participou pela última vez no verão 2002-2003.
(Por Stênio Ribeiro, Agência Brasil, 15/02/2008)