Ongs estão mobilizadas contra a farra do boi e esperam resposta do governo
Ambientalistas ligados a organizações não-governamentais (ONGs) de proteção animal vão aguardar pelo apoio de parlamentares catarinenses antes de iniciarem um boicote internacional contra Santa Catarina. Os ativistas querem que o governo combata a farra do boi no Estado, muito comum na época da Quaresma, período religioso entre o Carnaval e a Páscoa.
Eles protocolaram um manifesto contra a prática e cobram do executivo ações de controle, prevenção e combate à farra.
Os ambientalistas querem um canal direto com representantes da Secretaria de Segurança, Polícia Militar, Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Secretaria da Comunicação e Secretaria da Educação.
Segundo eles, os promotores do Ministério Público Estadual ligados ao combate da farra do boi alegam não ter como prioridade acompanhar os termos circunstanciados assinados por quem foi preso por participar da prática, proibida por lei.
Cartas sobre o movimento de boicote serão enviadas na segunda-feira para o bispo Murilo Krieger, para associações empresariais catarinenses e para as empresas exportadoras de carne bovina do Estado e no Brasil.
O Comitê de Coordenação do Manifesto promete mobilizar ONGs no Brasil e no Exterior, que somam quase 8,5 milhões de membros. A idéia do boicote é impactar o turismo no Estado e comprometer a exportação de carne.
O ambientalistas vão recorrer à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e à ministra do Turismo, Marta Suplicy, caso não haja resposta do executivo catarinense.
(Diário Catarinense, 15/02/2008)