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minério de ferro
2008-02-15
No ano em que completa o 50 aniversário a Construtora Cowan, que é uma das maiores empreiteiras com sede na capital mineira, se prepara para receber um presente invejável. A empresa aguarda apenas a liberação dos estudos sobre o teor e a dimensão das reservas - que deve ser concluído este ano - para decidir se irá vender, arrendar ou explorar a jazida de minério de ferro recém-descoberta em sua fazenda, de nome Ana da Cruz, localizada no município de Nova Lima, a menos de 30 quilômetros da zona urbana de Belo Horizonte.

A Cowan é proprietária da área há mais de 30 anos, local vizinho da extinta mina de Águas Claras, de propriedade das Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), posteriormente adquirida pela Companhia Vale do Rio Doce (Vale). Essa mina foi exaurida, depois de muitas décadas de extração da hematita, que é o minério de maior concentração em todo o mundo, com teor médio de 65% de ferro. Apesar de riqueza tão próxima, a construtora nunca demonstrara curiosidade pela atividade, devido aos baixos preços do minério que eram praticados no passado, segundo o seu diretor comercial José Paulo Toller Motta

Alta de preços
Essa posição mudou, no entanto, em decorrência dos sucessivos aumentos do preço do minério de ferro, que passou de US$ 10 dólares a tonelada, no início do século, para os atuais US$45. A empresa decidiu contratar sua vizinha, a Vale para realizar os estudos das jazidas. Como a área é enorme, com perímetro superior a 20 quilômetros, caso as pesquisas revelem teor semelhante ao de Águas Claras, a provável venda das jazidas pode resultar num negócio ainda maior que a aquisição da mineradora J.Mendes pela siderúrgica Usiminas, que alcançou valor aproximado de U$1,9 bilhão.

De acordo com Toller Motta, as decisões dependem do resultado das sondagens mas a empresa já realiza estudos de logística para retirar o minério da área, uma vez que os dois ramais ferroviários que atendem à região foram desativados. Um deles chegava até a zona urbana de Nova Lima e foi desmontado há mais tempo, com a decadência da mineração do ouro. O outro, que estabelecia conexão direta com a linha ferroviária que segue para os portos do Rio de janeiro com Águas Claras, foi desativado há poucos anos, com a exaustão dessa mina. Procurada por este jornal, a Vale confirmou a existência de negociações com a construtora.
Abalada, com a morte do seu fundador Walduck Vanderlei, em dezembro de 2004, a Cowan superou o trauma da sucessão em empresa familiar e vive momentos de grandes expectativas. A presidência foi entregue ao seu irmão Saulo Vanderlei que tem um terço do capital, mas o controle pertence às irmãs Ana Cristina e Andréa, filhas do fundador. No ano passado a empresa faturou R$100 milhões, grande parte com receitas obtidas com a concessão de uma rodovia no Paraná e do saneamento em quatro municípios do Rio de Janeiro, entre os quais se destacam Niterói e Petrópolis.

Investimentos
As expectativas segundo informou o diretor comercial da Cowan decorrem do programa de investimentos da empresa, que deseja evitar a exclusiva dependência da contratação de obras públicas. No momento, a Cowan aguarda a liberação de licença ambiental para iniciar a construção de três pequenas hidrelétricas no rio Uberabinha, todas serão localizada no município de Uberlândia, Triângulo Mineiro. As usinas totalizarão 60 megawatts, potência suficiente para iluminar toda a cidade e nela serão investidos R$120 milhões.
Outra expectativa é com a exploração de petróleo no Recôncavo Baiano. Em consórcio com a Construtora Queiroz Galvão e com a própria Petrobrás, a empresa foi vencedora na 8 rodada da Agência Nacional de Petróleo para explorar quatro áreas numa região próxima ao Morro de São Paulo, ao sul de Salvador. Também agora em março a Cowan assinará contrato para exploração, sozinha, de duas áreas no Recôncavo, propriamente. A empresa pretende investir aproximadamente R$ 5 milhões em sondagens, em 2008, iniciativa importante para decidir se irá realizar as perfurações, já que cada poço tem o custo médio de US$ 1 milhão por mil metros perfurados.
Concessão de rodovias

Por último, a companhia pretende intensificar suas atividades na área de concessão de rodovias e no momento organiza um consórcio para participar da licitação de 5,5 mil quilômetros de estradas que serão oferecidas pelo governo mineiro à iniciativa privada. Na área de construção, propriamente, a Cowan duplica a rodovia BR-40, num trecho de cerca de 70 quilômetros entre Sete Lagoas e Paracatu, no Estado de Minas Gerais.
A construtora também iniciou há 15 dias, a terraplanagem da área da nova siderúrgica para a produção de tubos sem costura que a empresa francesa Vallourec implantará em aliança com o grupo japonês Sumitomo, no município de Jeceaba, a cerca de cem quilômetros ao sul de Belo Horizonte. A obra está com definida para ser entregue em 13 meses.

(Durval Guimarães, Gazeta Mercantil, 15/02/2008) 

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