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2008-02-15
A Bolívia poderá impor limites às suas exportações de gás natural para o Brasil no próximo inverno no hemisfério sul, liberando a produção para os consumidores argentinos que enfrentam um novo arrocho de energia. O YPFB, grupo de gás e petróleo estatal da Bolívia, deverá aumentar o fornecimento para a Enarsa, sua homóloga argentina, que paga US$ 7 por unidade termal britânica (BTU), a medida padrão de valor térmico.

O fornecimento para a Petrobras, o grupo de petróleo controlado pelo governo brasileiro, que paga US$ 5,6 por BTU, provavelmente será reduzido. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, manteve conversas com o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, na quarta-feira. Ontem García Linera também visitou a Petrobras. Lula deverá encontrar os presidentes Evo Morales, da Bolívia, e Cristina Fernández, da Argentina, em Buenos Aires no fim da próxima semana para discutir a questão.

"Provavelmente haverá um aumento na demanda do Brasil e da Argentina durante o inverno", García Linera disse à imprensa. "Esses novos volumes serão discutidos pelos três presidentes. Eles chegarão a um acordo que satisfaça a todos." Tanto Brasília como Buenos Aires importam gás natural da Bolívia, que tem crescente demanda na indústria brasileira e compensa a escassez da produção doméstica argentina.

A Argentina já enfrenta um severo déficit energético. No Brasil, onde a maior parte da eletricidade é gerada por usinas hidrelétricas, o baixo volume de chuvas aumentou a dependência dos combustíveis fósseis.

Com a aproximação do inverno no hemisfério sul, a demanda de ambos os clientes vai aumentar e exceder a capacidade de produção da YPFB. A YPFB tem contratos para fornecer até 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia à Petrobras e 7,7 milhões para a Enarsa. Ela também deve fornecer cerca de 6 milhões de metros cúbicos por dia para o mercado interno.

Mas a YPFB só está fornecendo cerca de 27 milhões de metros cúbicos/dia para a Petrobras e cerca de 3 milhões para a Enarsa. "A Bolívia tem uma capacidade muito limitada", disse Carlos Alberto López, ex-vice-ministro de hidrocarbonetos da Bolívia. Ele previu que as negociações vão beneficiar a Bolívia. "Eles não vão pisar nos pés um do outro. (...) O Brasil quer recuperar parte da influência que teve na Bolívia, que perdeu para a Venezuela", disse López.

A Petrobras tem evitado investir na Bolívia desde que seus ativos foram ocupados por tropas bolivianas em 2006, quando a indústria de gás e petróleo do país foi nacionalizada. Mas uma pessoa familiarizada com a situação disse que Lula vai descartar as objeções da Petrobras em favor dos interesses da política externa do Brasil, e há grande probabilidade de que isente a YPFB de qualquer multa por falta de fornecimento prevista em contrato.

(Por Jonathan Wheatley, Andres Schipani, e Jude Webber, Financial Times, tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves, UOL, 15/02/2008)



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