“O planejamento das cidades é um processo contínuo. Ele não pára na criação e implantação do Plano Diretor”. A afirmação foi feita hoje, 13, pelo arquiteto Henrique Biasotto, durante o primeiro dia da Conferência Mundial sobre Desenvolvimento de Cidades, que acontece até 16, no Centro de Eventos da PUCRS.
Ao falar para uma sala lotada de representantes de prefeituras de várias partes do país, o coordenador de ensino da Escola Nacional de Serviços Urbanos avaliou que, em geral, as cidades brasileiras com mais de 20 mil habitantes são obrigadas a implantar o Plano Diretor, e com isso avançam na adeqüação do Estatuto das Cidades.
Criado em 2001, o Estatuto ainda representa grande desafio aos governantes locais, observou o arquiteto, no minicurso "Plano Diretor: o Dia Seguinte". Segundo ele, aspectos como a condução de mudanças na lógica do desenvolvimento local e a capacidade de gestão do seu território são metas que devem ser seguidas. “As prefeituras precisam formular e implementar políticas nesse sentido, sabendo também dialogar com outros entes federativos como o estado e a União”, observou Biasotto. Para ele, os municípios não devem perder de vista temas como a preservação ambiental, moradia, mobilidade urbana e regulação da ocupação do solo.
(PMPA, 14/02/2008)