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crescimento urbano
2008-02-14

O explosivo crescimento das cidades do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, já detectados pelo IBGE e pela Federação das Associações dos Municípios, até agora só mereceu considerações esparsas dos meios de comunicação e alguma preocupação com o fato de estas cidades estarem despreparadas para receber uma leva populacional como esta. Para que se tenha uma idéia, apenas em Tramandaí estão em construção 19 edifícios residenciais, o que pode ser muito bem uma alegria para as prefeituras, mas fonte de preocupação para munícipes e veranistas. Há um consenso que o Litoral está sofrendo fortes mudanças. Certo, mas em qual direção vai este "progresso"?

Os veranistas têm uma eterna queixa, vinda já a partir do final da década de 1950, sobre as precárias condições de saneamento básico. Qualquer chuva tem feito alagamentos cada vez mais freqüentes e as obras de esgotos pluviais, quando existem, são difíceis e mais caras que em cidades que não tenham um lençol freático quase na superfície, como é o caso do Litoral. Se a água das chuvas já causa problemas, imagine-se a crucial questão da rede cloacal e do necessário tratamento destes dejetos. Se a população permanente aumenta, e tende a aumentar cada vez mais, teremos de enfrentar dissabores não só durante o veraneio, mas de forma permanente. Não só o saneamento - ou sua ausência - preocupa os moradores.

Também são eternas as queixas sobre a falta de iluminação pública, maus serviços de recolhimento de lixo e segurança pública deficiente, apesar do alto IPTU que se paga.
A segurança pública é outro fator preocupante. Durante o veraneio, a Operação Golfinho engorda estas cidades com mais PMs e viaturas, às custas de uma diminuição de policiamento do Interior. Mesmo sendo deficiente em recursos e policiais, ainda se pode dizer que é razoável o serviço. Evidentemente que falta muito para que o cidadão se sinta seguro.

Ai já temos um elenco de dificuldades que só tende aumentar, caso as autoridades não se esforcem para agradar os veranistas dotando suas cidades de equipamentos urbanos eficientes durante o ano inteiro.

Para qualquer lado que se olhe, lá vem problema. A sucateada Interpraias é um escândalo, uma buraqueira medonha, uma alegria para oficinas mecânicas e uma dor-de-cabeça para moradores e motoristas. Depois que a Estrada do Mar foi construída, parece até que esta ligação entre as praias não teve mais razão de ser, a julgar pela indiferença observada por quem de direito. Aparentemente não é uma prioridade visível. Há tempos houve uma reunião entre os prefeitos do Litoral para discutir melhorias na Interpraias, mas tudo esbarra sempre no poderoso, sólido e quase intransponível muro da falta de recursos.

Enfim, sobram problemas, faltam soluções. Esta é a dura realidade. Tanto se fala em atrair turistas, promover ações fora da temporada clássica para trazer visitantes, mas prover esta região de uma sólida infra-estrutura é medida sempre procastinada. Até que a corda arrebente e então todo mundo corra atrás do prejuízo. O pior é que, quanto mais se demora na busca de soluções efetivas, mais cara será a solução. Então chega-se a outra constatação, que é a falta de administradores - novamente, exceções à parte - capazes de ter visto no passado o que iria acontecer no futuro. Que os administradores de agora preparem os próximos anos e décadas. O prefeito Loureiro da Silva imaginou as atuais perimetrais de Porto Alegre no final dos anos 40. Onde estão os nossos Loureiros da Silva do século XXI? 

(Correio do Povo, 14/02/2008)


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