O plantio mundial com grãos geneticamente modificados cresceu 12% no ano passado e já ocupa 114,3 milhões de hectares, o que equivale a aproximadamente duas vezes e meia a área brasileira de grãos. A estimativa foi divulgada hoje pelo Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA, em inglês).
Segundo a entidade, foi a 12ª expansão consecutiva e a segunda maior dos últimos cinco anos. "Os primeiros anos de safras biotecnológicas resultaram em significativos benefícios econômicos e ambientais para produtores de países industriais e em desenvolvimento", afirma o ISAAA, para quem a tecnologia também contribuiu para aliviar a pobreza.
Em 2007, 23 países plantaram grãos transgênicos, com Estados Unidos, Argentina, Brasil, Canadá, Índia e China na liderança. Nos Estados Unidos, cerca de 57,7 milhões de hectares (mais de 50% da área total de grãos) foram cultivados com variedades geneticamente modificadas. As lavouras de milho transgênico cresceram cerca de 40%, impulsionadas pela expansão do mercado de etanol (álcool combustível).
O Brasil ocupa a terceira posição na lista dos países que mais usam a tecnologia, com 15 milhões de hectares ocupados com plantas geneticamente modificadas - especialmente soja e algodão. A Argentina ainda está na frente do Brasil, com o cultivo de 19,1 milhões de hectares com variedades transgênicas de soja, milho e algodão.
(Estadão Online,
Ambiente Brasil, 14/02/2008)