O produtor rural Idalino Dal Bello, de Passo Fundo, no norte do Estado, espera que o milho transgênico repita, na lavoura, o sucesso da soja modificada. Com a adoção da oleaginosa transgênica, há uns cinco anos, viu sua produtividade média saltar de 45 sacas por hectare para 64 sacas por hectare.
Atualmente, Dal Bello cultiva 40 hectares de milho convencional em sua propriedade. Se o grão geneticamente modificado tiver produtividade cerca de 15% superior à obtida hoje - média de 140 sacas por hectare - , a substituição da lavoura será imediata.
- No início estávamos receosos (no caso da soja), como a maioria dos produtores, mas o saldo foi extremamente positivo - avalia o agricultor, que sentiu no bolso os efeitos econômicos da transgenia.
Para Dal Bello, 60 anos, que acompanhou as mudanças nos métodos e tecnologias ao longo do tempo no campo, a transgenia representa um marco na agricultura brasileira. O grão geneticamente modificado resultou em um crescimento na produção, na diminuição do uso de defensivos e, conseqüentemente, em aumento nos lucros.
(Por Leandro Belles, Zero Hora, 13/02/2008)