Variedades de milho geneticamente modificado resistente a insetos-praga (Bt) oferecem benefícios não apenas para os agricultores, mas também para a saúde humana e animal. A conclusão faz parte de um estudo científico conduzido pelo Departamento de Meio Ambiente e Saúde Ocupacional da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, publicado na edição de fevereiro da revista ISB (Information Systems for Biotechnology).
Pesquisas de campo da instituição revelaram que a adoção do milho Bt reduziu os níveis de micotoxinas no produto, quando comparado ao milho convencional. Micotoxinas são substâncias potencialmente cancerígenas produzidas por fungos que crescem em plantas danificadas por pragas - o que não acontece na versão geneticamente modificada.
No Canadá, onde a pressão da praga conhecida como broca-do-colmo (Ostrinia nubilalis) é grande, os níveis de micotoxinas caíram 59% no milho Bt em relação ao não-Bt. Os testes também foram realizados em lavouras dos Estados Unidos, França, Itália, Turquia e Argentina.
Quatro desses resíduos tóxicos dos fungos são mais recorrentes e perigosos: deoxynivalenol, zearalenone, fumonisina e aflatoxina. A fumosina, por exemplo, tem sido associada ao câncer de esôfago em partes da África, América Central e Ásia. As aflatoxinas, por sua vez, multiplicam por dez o risco de câncer em pessoas portadoras de Hepatite B e C. Elas são derivadas do Aspergillus, fungo que contamina o milho armazenado, muito comum no Brasil.
(Assessoria CDI, texto recebido por e-mail, 12/02/2008)