O Estado do Rio quer ser pioneiro na criação de um mercado livre de gás natural. A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) realiza na quinta-feira (14/02) audiência pública, em que deverá discutir a regulamentação deste mercado. A previsão é de iniciar operações este ano.
Pelo menos 70 empresas, entre fabricantes de vidro, bebidas e até as usinas termelétricas, são identificadas como potenciais clientes deste mercado. A criação do mercado livre estava prevista na Lei do Petróleo, onde ficou determinado que após dez anos de concessão das distribuidoras poderia ocorrer esta abertura do mercado. A idéia é que as empresas comprem o gás natural diretamente da Petrobras e paguem à Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) apenas uma taxa pelo uso da infra-estrutura de distribuição.
A tendência, segundo a Agenersa, é de os preços do gás caírem nos próximos anos. "Isso aconteceu com o mercado de energia e deve certamente chegar também ao setor de gás natural", disse o gerente da Câmara Técnica de Política Econômica e Tarifária da Agenersa, Alexandre Guedes, salientando que isso só deve ocorrer no longo prazo. "Num curto prazo dificilmente haverá um forte impacto. Além do Estado do Rio, São Paulo também está estudando a possibilidade de criação deste mercado livre.
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A Tarde/Agencia Estado, 12/02/2008)