Mais de 100 mil morrem anualmente em função de doenças causadas pela exposição ao amianto. O dado alarmante é da Building and Woodworkers’ International – BWI (órgão internacional representante da construção e marcenaria), que realizou na Áustria, no dia 5 de fevereiro, uma conferência em prol ao banimento mundial do amianto crisotila. Durante o evento, que reuniu 33 delegações mundiais, representantes da Organização Mundial da Saúde, da Organização Internacional do Trabalho, Organização Internacional da Segurança Social, e outras agências internacionais afirmaram claramente que todos os tipos de asbestos podem matar.
“O quadro geral pode ser pior que este, já que em muitos países não há registros corretos sobre os casos de doenças originadas da exposição ao amianto”, afirmou Fiona Murie, diretora do programa de saúde e segurança do BWI. Ela explica que as doenças causadas pelo amianto não são corretamente diagnosticadas, tratadas, compensadas e, “o mais importante, previnidas”.
A Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento - ABIFibro tem trabalhado no Brasil para a conscientização sobre a necessidade do banimento do amianto, uma vez que contamos com insumos e tecnologia nacionais de qualidade, aprovados e recomendados pelo Ministério da Saúde e órgãos competentes, na substituição do amianto, inclusive o crisotila. “Hoje no mundo são 48 países que já baniram o amianto e o Brasil ainda não figura nessa lista. Acreditamos que o País deve cumprir o acordo de substituição assumido na Convenção OIT 162, ratificada pelo Brasil, e respeitada pela Lei 9.055/95, em seu artigo 3º, uma vez que já cumpre as exigências estabelecidas. O País só tem a ganhar com isso”, afirma João Carlos Duarte Paes, Presidente da ABIFibro.
(Envolverde, 12/02/2008)