Mais de cem entidades assinam carta aberta aos ministros do Conselho Nacional de Biossegurança contra a liberação comercial de variedades de milho transgênico no país. O manifesto, divulgado nesta segunda-feira, faz um relato de críticas à posição da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e pede que os ministros rejeitem a liberação do produto.
"Senhores ministros, confiamos que a responsabilidade dos cargos públicos que vos foi confiada e o respeito ao meio ambiente e à biodiversidade, à saúde da população, guiarão vossa decisão", afirma o texto, citando que o conselho deve se reunir amanhã para avaliar a questão.
Entre os argumentos contrários à autorização, as entidades afirmam que o milho é alimento de uso diário da população e que "a impossibilidade de coexistência (com variedades convencionais) causará enormes prejuízos aos mais de quatro milhões de agricultores familiares e tradicionais do país".
As entidades questionam as regras de coexistência e monitoramento do cultivo definidas pela CTNBio e recordam manifesto anterior que apontava ausência de "estudos sobre impactos à saúde humana, o direito de não plantar e não consumir transgênicos e a defesa da soberania sobre nossas sementes e nossos alimentos".
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Diário Catarinense, 11/02/2008)