Os países pobres em breve receberão bilhões de dólares de um novo fundo do Banco Mundial para ajudá-los a reduzir poluição, economizar energia e combater o aquecimento global, informou a organização internacional. Países em desenvolvimento como China e Índia já estão tentando reduzir suas emissões de carbono, especialmente para economizar energia, mas hesitam em fazê-lo sem mais assistência tecnológica da Europa, Japão e Estados Unidos.
A maior parte do dióxido de carbono que hoje aquece o planeta é gerada por processos industriais ocidentais e os países em desenvolvimento querem assistência financeira para reduzirem suas emissões cada vez maiores. "O fundo vai apoiar projetos públicos e privados que desenvolvam tecnologias capazes de reduzir emissões, aumentar a eficiência e economizar energia... (nos) países em desenvolvimento", declararam os ministros das Finanças dos EUA, Reino Unido e Japão ao Financial Times na sexta-feira.
O fundo de tecnologia limpa do Banco Mundial receberá cerca de 2 bilhões de dólares em fundos de combate às alterações climáticas anunciados pelo presidente George W. Bush, dos EUA, no mês passado, e parte dos 800 milhões de libras (1,56 bilhão de dólares) anunciados pelo Reino Unido para compor um "fundo de transformação ambiental" no ano passado, disseram Henry Paulson, Alistair Darling e Fukushiro Nukaga.
O Japão anunciou no mês passado um pacote de 10 bilhões de dólares para apoiar a luta dos países em desenvolvimento contra as alterações climáticas, mas a carta dos ministros das Finanças não detalhou que proporção dessas verbas seria canalizada por meio do Banco Mundial.
Em resposta escrita a perguntas da Reuters, o Banco Mundial informou que "esperamos que o anúncio formal sobre a criação da linha de crédito seja feito em breve".
"Além das discussões com os países doadores, há conversações em curso com outras partes interessadas, entre as quais outras agências do sistema das Nações Unidas e do setor privado", afirmou o Banco.
O comunicado do Banco Mundial se refere "a uma linha de crédito para investimento climático estratégico que aceleraria os investimentos em projetos de baixa emissão de carbono e de resistência às alterações climáticas em países em desenvolvimento."
(Reuters, 08/02/2008)