Porto Alegre (RS) - A energia elétrica foi o segmento da economia que mais recebeu financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2007. O banco anunciou, na quinta-feira (07), que bateu recorde nas aprovações de empréstimos, que alcançaram R$ 98,8 bilhões no ano passado. Também superou os recursos liberados, de R$ 64,9 bilhões, cerca de 24% superior ao registrado em 2006.
O segmento de energia obteve R$ 12,8 bilhões em empréstimos aprovados pelo BNDES, um aumento de 207% em relação ao ano anterior. Entre os principais projetos estão o da Usina Hidrelétrica de Estreito, em Tocantins, que contará com R$ 2,7 bilhões do banco e a Hidrelétrica Foz do Chapecó, na divisa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que receberá R$ 1,6 bilhão em empréstimos. As usinas fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e compõem a lista de 183 projetos do PAC que estão em avaliação no BNDES. Em 2007, o banco desembolsou ao todo R$ 5 bilhões para investimentos do programa nas áreas de energia, logística, social e urbana e de administração pública. Em obras de infra-estrutura, foram liberados R$ 25,6 bilhões.
Já as empresas de celulose, em comparação com 2006, foi o segmento que recebeu menos investimentos do BNDES no setor das indústrias. De acordo com técnicos do banco, a retração se deve à característica das atividades de celulose, que têm investimentos em ciclo e não constantemente. Naquele ano, o banco aprovou mais de R$ 620 milhões somente para a Aracruz Celulose e a Votorantim Celulose e Papel. O dinheiro foi aplicado na ampliação da fábrica da Aracruz no Espírito Santo e novos plantios na Bahia. A verba da Votorantim foi aplicada na expansão do plantio de pínus e eucalipto no Rio Grande do Sul. Ao todo, o BNDES liberou R$ 26,4 bilhões ao setor industrial em 2007.
(Por Raquel Casiraghi,
Agencia Chasque, 08/02/2008)