A refinaria Alberto Pasqualini (Refap) fechará em março um contrato de comercialização de energia com a Petrobras. Um dos resultados da ampliação da refinaria foi o aumento da geração de energia do complexo que pode agora, além de atender a seu próprio consumo, vender o excedente da sua produção.
A refinaria de Canoas passou de 21,6 MW para 74 MW (cerca de 2% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul) sua capacidade de geração de energia. O excedente que pode ser vendido pela Refap totaliza 27 MW. Em valores atuais do mercado livre, a venda desse volume de energia renderia um faturamento de cerca de R$ 3,2 milhões ao mês. "É um bom negócio para a Refap em um momento adequado, em que há escassez de energia", destaca o gerente da central termelétrica da Refap, Ézio Slongo.
O investimento total na ampliação da Refap foi de US$ 1,2 bilhão e permitiu que a empresa passasse sua capacidade de processamento de petróleo de 20 mil para 30 mil metros cúbicos ao dia. O investimento para aumentar a produção de energia da refinaria foi de cerca de R$ 23 milhões. A geração no complexo é feita a partir de gases e vapor.
Até o momento, antes da concretização do acordo com a Petrobras, a Refap está vendendo a sobra de energia através da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), instituição que viabiliza operações de compra e venda de energia elétrica. A perspectiva é de que a Petrobras adquira a energia da refinaria e a repasse ao Sistema Integrado Nacional do setor elétrico e não a utilize em suas unidades.
A Petrobras registrou no primeiro domingo de fevereiro o seu novo recorde de geração de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional. Foi produzido um total de 4.040 MW em usinas a gás natural, óleo diesel e óleo combustível, contra o recorde anterior de 2,9 mil MW, registrado em 4 de novembro de 2007.
O novo recorde resultou da entrada em operação do gasoduto Cabiúnas (RJ) - Vitória (ES) no dia primeiro de fevereiro, além da redução da demanda por gás natural registrada no período do Carnaval. Também contribuíram para a expressiva produção de energia elétrica o melhor aproveitamento do potencial de geração, com o uso de unidades mais eficientes e a diminuição no consumo interno da companhia.
As usinas responsáveis pelo recorde de geração de energia elétrica foram a Norte Fluminense, Aureliano Chaves, Mário Lago, Leonel Brizola, Luís Carlos Prestes, Barbosa Lima Sobrinho, Fernando Gasparian, Piratininga, TermoPernambuco, Celso Furtado, Rômulo Almeida, Bahia I, Petrolina e a Sepé Tiaraju.
(JC-RS, 11/02/2008)