Apesar dos iminentes riscos de deslizamento de terras em regiões de relevo acidentado, o Ministério das Cidades admite não poder desocupar todas as áreas problemáticas de maneira rápida.
As ações do governo federal, segundo o assessor técnico da Secretaria Nacional de Programas Urbanos do ministério, Leonardo Ferreira, estão voltadas para levantar dados das ocupações irregulares que possibilitem alternativas para minimizar os acidentes durante o período chuvoso.
“Não tem como as pessoas que moram nas áreas de risco serem retiradas de imediato. Não temos como fazer a retirada de todas as famílias. Não teríamos como reassentá-las de forma ágil para atender um curto prazo”, afirmou.
Entre as intervenções para diminuir os riscos dos moradores de encosta, o assessor destacou a construção e limpeza de drenos, a captação das águas pluviais e obras estruturais para contenção de encostas.
“Nossa ação visa mapear as áreas mais problemáticas para daí o poder público local direcionar recursos para as áreas que podem ser recuperadas ou urbanizadas. Ou no caso de um evento chuvoso, nós possamos retirar as famílias antes que aconteça o deslizamento.”
Segundo Ferreira, não existem dados concretos sobre o número de pessoas que vivem sob condições de risco de deslizamentos. A maioria dos atingidos, entretanto, está na região Sudeste. O estado do Rio de Janeiro, assegura o assessor, concentra cerca de metade das mortes por acidentes relacionados a ação das chuvas em áreas residenciais.
(Por Hugo Costa e Mariana Jungmann, Agência Brasil, 08/02/2008)