A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) há algum tempo estuda formas de combater e controlar a população de pombos que se concentram nas áreas centrais da cidade, em geral em locais com vários prédios como o calçadão, por exemplo. A presença das aves compromete até a restauração da Casa de Cultura Pedro Wayne, uma vez que habitam os forros do telhado e defecam pelas paredes retocando a restauração da pintura externa.
De acordo com a chefe de gabinete da SMC, Rosele Safons do Couto, a própria secretária Jussara Carpes já propôs uma reunião entre órgãos municipais, estaduais e federais (como o Ibama), para definir uma estratégia que reduzisse o números de pombos que povoam as redondezas do centro da cidade. “Nós estamos estudando algumas alternativas que vão da construção de um pombal para controlar a reprodução, até o extermínio. Mas o extermínio é muito agressivo, até porque pode causar desequilíbrio ambiental”, explica Rosele.
O desequilíbrio do ambiente já pode ser constatado. A observação é da própria Rosele que aponta os fatores para a proliferação das aves que se encontram nas ruas centrais de Bagé, abrigo, alimento e um determinante que favorece a reprodução descontrolada, um predador. “Nós não temos mais as aves de rapina, que seriam os predadores delas. E aqui eles encontram uma grande quantidade de alimento, é só olhar, quantos restos de lanches, nós temos pelas ruas”, completa.
Em reportagens anteriores o Jornal Minuano elencou uma série de problemas que esta espécie de ave pode trazer aos centros urbanos. A grande concentração dessas aves num espaço propício pode ser prejudicial à saúde dos seres humanos. Enfermidades como Salmonelose (doença infecciosa aguda), Criptococose e Histoplasmose (micoses profundas) podem ser transmitidas. Além destas, o pombo faz parte do ciclo de uma doença bastante perigosa, a Toxoplasmose.
(Jornal Minuano, 07/02/2008)