Para compensar a baixa utilização do Biodiesel B5 (diesel aditivado com 5% de biodiesel) como combustível dos trios elétricos e carros de apoio no Carnaval 2008, a Petrobras decidiu dobrar o número de árvores que seriam plantadas com o objetivo de minimizar os efeitos da emissão de gás carbônico (CO2) extra pelos veículos.
A logística de abastecimento com o B5, ainda não disponível comercialmente, não funcionou tão bem como a colocação das peças de divulgação do Projeto Carnaval Sustentável Biodiesel, presentes em todos os circuitos da festa.
O projeto falhou por diversos motivos: alguns blocos não se interessaram, outros não receberam o tíquete de abastecimento com antecedência e há os que nem sabiam como ter acesso ao combustível. A meta era zerar o CO2 emitido pelos caminhões, geradores e carros de apoio, mas blocos como Me Abraça, CocoBambu e o Camarote Andante de Carlinhos Brown não usaram o B5. Dodô & Osmar, Ecotrio, Tiete Vips e outros, até sábado, pelo menos, ainda queimavam o diesel comum na avenida.
Logística – No Posto BR da Bonocô, o que teve maior fluxo de trios dos três onde havia o B5 (os outros eram no Portoseco Pirajá e na Ceasa, próximo ao CIA), havia desinformação dos motoristas, segundo Joseni Vieira, chefe de pista. “Pelo menos três trios abasteceram com o diesel comum, pois trouxeram tíquetes de outro posto”, diz.
Rosemberg Pinto, gerente de comunicação da Petrobras no Nordeste, não contabilizou quanto do B5 foi consumido. A conta para zerar o carbono emitido por 105 trios e carros de apoio previa a redução da emissão de sete toneladas de CO2 por 105 trios e carros de apoio com a utilização do B5 durante a festa. As 147,25 toneladas restantes seriam retiradas da atmosfera em cinco anos com o plantio de 16 mil árvores – agora serão 33.320.
(Marcus Gusmão,
A Tarde, 07/02/2008)