Desde quarta-feira (06/02) acontece em Assunção, Paraguai, o IV Encontro Internacional de Pequenos Produtores de Soja e Sociedade Civil, na fazenda Ycuá Satí de Assunção. O encontro é convocado pelas seguintes organizações: Copep, Tekokatu, Ser, Probioma e apoiado por Solidaridad. As jornadas de debate continuam hoje, no horário das 9h às 17h.
Participam representantes de organizações e instituições do Paraguai, Uruguai, Bolívia e Brasil para debater sobre o esforço comum que cada um faz em seus países no cultivo de soja transgênica. Isto como atividade alternativa ao modelo transgênico do óleo pelos danos sociais e ambientais que representa, segundo os que participam deste fórum.
Além disso, se debate o aprofundamento de um trabalho coletivo de propostas e articulação de organizações de pequenos produtores no Mercosul e outros países como Índia e Senegal, respondendo ao encontro anterior realizado na Bolívia, em 2007.
O Paraguai ocupa o quarto lugar no ranking mundial de exportadores de soja transgênica. Os brasileiros e argentinos estão presentes e acreditam que "se pode crescer muito", segundo celebra uma edição especial do Clarín Rural (Argentina).
Mas os camponeses paraguaios pensam de modo diferente. Até agora, o cultivo massivo de soja transgênica em seu país lhes trouxe desalojamentos, perseguições, inclusive, doenças e morte de crianças, por causa dos venenos borrifados sobre suas modestas casas.
O parâmetro geral é a produção de soja com responsabilidade social e ambiental deste cultivo e por isso se prevê trabalhar no futuro para melhorar as legislações nacionais sobre o tema e se articular para fazer uma pressão social e política - segundo os organizadores.
(ABC Digital, Adital, 08/02/2008)