Taxa de retorno nas lojas foi de 40%. Adesão foi maior em Jaguari, dentre as nove cidades da rede
Na lista de compras de Eliane Cordeiro, 37 anos, havia açúcar, arroz e detergente. Com o dinheiro em uma mão e duas bolsas na outra, ela levou para casa os itens do supermercado, e recusou as tradicionais sacolinhas de plástico. Deixou para trás um lixo que leva cerca de 300 anos para se decompor.
As sacolas que Eliane carrega consigo fazem parte de uma promoção que a Rede Vivo implementou em outubro do ano passado. Até agora, mais de 150 mil bolsas retornáveis já foram distribuídas nas 15 lojas da rede, em nove cidades da região - Santa Maria, São Gabriel, Alegrete, São Borja, Santiago, Jaguari, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e Lajeado. Produzidas por detentos, elas são feitas a partir de embalagens de farinha e suportam até 15 quilos e podem ser usados pelo menos 20 vezes.
- Ela é boa, bem mais forte do que as de plástico, que costumam rasgar quando eu levo as compras no ônibus - conta Eliane.
A consumidora que aderiu ao sistema tem quatro sacolas. Duas, ficam em casa, na Vila Cauduro. As outras duas, ela mantém no trabalho, perto da Avenida Medianeira. Assim, sempre tem a bolsa à mão na hora de fazer as compras. Apesar de ser uma usuária fiel, Eliane não tem usufruído de outra parte da promoção: com a sacola trazida de casa e R$ 20 em compras, cada cliente tem direito a um cupom. Com ele, os clientes da Rede Vivo podem concorrer a um Fiesta zero.
- Eu sempre compro pouca coisa, daí não gasto o necessário para a promoção - explica.
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As sacolas da Rede Vivo são feitas com ráfia, uma fibra das palmeiras encontradas na América e na África, também utilizada em sacos para farinha
(Por Júlia Pitthan, Diário de Santa Maria, 08/02/2008)