Os projetos ligados à área de energia elétrica deverão receber mais financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) este ano. O presidente da instituição, Luciano Coutinho, citou a operação já em andamento para a construção da usina de Santo Antonio, no Rio Madeira (RO), e o próximo leilão para a usina de Jirau, também no Madeira.
“Só considerando os dois contratos, de Santo Antonio e Jirau, a carteira de hidreletricidade do BNDES vai mostrar um grande salto em 2008”, avaliou. As aprovações no setor de energia elétrica somaram no ano passado R$ 12,8 bilhões, com aumento de 207% - em comparação ao ano anterior.
Durante anúncio do desempenho da instituição em 2007, o presidente do BNDES afirmou que os recursos para 2008 já estão garantidos e que a instituição se prepara para os desembolsos que serão realizados entre os anos de 2009 e 2010.
Coutinho acredita que as carteiras de co-geração, com usinas de cana-de-açúcar e álcool, construção de gasodutos, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e os projetos de energia sustentável, também mostrarão forte incremento este ano.
O presidente do BNDES declarou que os investimentos feitos no segmento de energia apontam para um cenário seguro no qual é possível afirmar que “não faltará energia nos próximos anos”. E acrescentou que “as condições de oferta crescerão de maneira suficiente para assegurar a oferta de energia e o crescimento da economia brasileira firme nos próximos anos”.
O diretor da área de Infra-Estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, afirmou que além do volume de financiamentos, também o número de operações tem crescido nessa área. Bittencourt afirmou que os projetos em energia são fundamentais porque “não só acrescem a matriz energética brasileira, como acrescem garantindo uma sustentabilidade, principalmente em algumas épocas onde a questão hidrelétrica é delicada”.
O diretor avaliou que os projetos de energia crescerão muito e de forma diversificada nos próximos anos. Ele destacou também a questão dos gasodutos para o transporte de gás para todo o país. Em termos de logística, Wagner Bittencourt enfatizou os investimentos na área de cabotagem e o apoio dado pelo banco à Transpetro, subsidiária da Petrobras, para a construção de 23 navios que irão renovar e recuperar a frota de petroleiros da estatal para permitir que os pedidos sejam atendidos.
“Esse é um bom sinalizador para o país de que ele está crescendo na base, aonde se gera competitividade para o resto da economia”, avaliou. Nas áreas de rodovias e ferrovias, a expectativa do BNDES é de apoiar novos projetos. “O banco está otimista de que continuará tendo uma atuação muito forte nessas áreas”, disse o diretor.
(Por Alana Gandra, Agência Brasil, 07/02/2008)