A visibilidade da problemática enfrentada pelo povo mapuche - e demais povos indígenas - no Chile, após a greve de fome da ativista Patricia Troncoso, mudou o encarregado do governo do país para cuidar dos assuntos indígenas, o novo eleito é Rodrigo Egaña.
Ante esse fato, o Conselho de Todas as Terras, em declaração pública, disse que essa nomeação oferece uma oportunidade para abordar as questões fundamentais dos direitos humanos do Povo Mapuche e de todos os Povos Indígenas do país.
Nesse sentido, o Conselho defende seu direito ao território, às terras usurpadas, o direito à livre determinação e ao auto-governo Mapuche - estabelecido na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Além disso, exige que o Estado chileno aborde as questões sobre a responsabilidade das empresas nacionais e transnacionais que operam no l interior do ancestral território Mapuche.
"Esperamos que no marco do Bicentenário o Estado do Chile dê fim a sua doutrina da negação com os Povos Indígenas e sane a relação forçada que estabeleceu com o Povo Mapuche, detenha a política colonialista propiciada institucionalmente pela Corporação Nacional de Desenvolvimento Indígena (Conadi) e se retifique o clientelismo do Programa Origens, dando passo ao reconhecimento e proteção dos direitos humanos do Povo Mapuche e em particular o direito à livre determinação", disse a declaração.
(Adital, 01/02/2008)