O Brasil ficou em 34º lugar no Índice de Performance
Ambiental 2008, lançado no Fórum Econômico Mundial na semana passada, em Davos,
na Suíça. O estudo, que relaciona 25 indicadores em seis diferentes categorias,
foi produzido por pesquisadores das universidades norte-americanas de Yale e
Columbia. A primeira colocação no ranking ficou com a Suíça, seguida por Suécia
e Noruega. Ao todo, 149 países foram relacionados.
Outras 89 nações, que enviaram dados incompletos aos pesquisadores,
não foram incluídas no estudo. Foram analisadas as categorias saúde ambiental,
poluição do ar, recursos hídricos, biodiversidade e habitat, recursos naturais
produtivos e mudanças climáticas. Dentre os países da América Latina, os
melhores colocados foram a Costa Rica, que foi relacionada em 5º lugar, e a
Colômbia, em 9º lugar. Nas últimas posições, apenas países africanos: Mali,
Mauritânia, Serra Leoa, Angola e Níger.
O índice relaciona dois objetivos básicos para medir a
performance dos países. As notas atribuídas são relacionadas à capacidade dos
países em se aproximarem da redução dos impactos dos problemas ambientais à
saúde humana e da melhora da vitalidade do ecossistema e do manejo dos recursos
naturais. O Brasil marcou 82,7 pontos no índice. Dentre as piores notas
brasileiras, o retrospecto na proteção de ambientes críticos, em especial os
marinhos, e as condições da camada de ozônio.
No lado positivo, os subsídios à agricultura. A vitalidade
do ecossistema brasileiro foi avaliada em 78,4, e a saúde ambiental do país foi
estipulada em 86,9.
O País ficou atrás de nações como Equador, Albânia e Panamá.
Contudo, países como Estados Unidos, Austrália e Holanda foram ainda pior
avaliados no estudo. "Todos os países têm algo a aprender com o índice",
afirma o diretor do Centro de Legislação Ambiental e Controle da universidade
de Yale, Daniel Esty. "Até as nações melhor colocadas têm performances
baixas em alguns pontos", defende.
"Num momento em que há tantas evidências científicas
nos dizendo que os ecossistemas do planeta estão em crise, é indesculpável que
nossos investimentos coletivos em monitoramento ambiental sejam tão
baixos", protesta o diretor do Centro para a Rede de Informações
Internacionais de Ciências da Terra da universidade de Columbia, Marc Levy.
"Para alguns problemas críticos, como a água, os investimentos estão, na
realidade, diminuindo."