Lista suja do Inpe. Esse é o novo endereço de 19 municípios
mato-grossenses e de outros 17 no Pará, Amazonas e Rondônia, que teriam
liderado o desmatamento de
A atividade econômica nas áreas mato-grossenses listadas
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com base no sistema de
Detecção do Desmatamento
Nas cidades, vilas e fazendas moradores estão de olho na
curva da estrada à espera da tropa federal. O temor coletivo torna-se ainda
maior pelo desencontro de informações.
Nas estradas, carretas com mais de 30 pneus transportam
árvores de grossos diâmetros rumo às serrarias. A imagem desses veículos
carregados choca e reforça o discurso ambientalista, principalmente para quem
desconhece o que é Plano de Manejo Florestal.
Prefeitos, outros políticos, sindicalistas, industriais,
empresários e agropecuaristas fazem coro com Maggi tentando sensibilizar a
ministra Marina para que suspenda as sanções contra os municípios listados, até
que Mato Grosso apure os números reais do desmatamento.
Na Amazônia Mato-grossense vigora o entendimento de que
todos devem falar a mesma linguagem sob pena do esfacelamento alargar a
porteira ao caos econômico alinhavado intencionalmente ou não
Pecuaristas acusam madeireiros e vice-versa. O mesmo se vê
em relação aos agricultores, que tentam lavar as mãos sobre o desmatamento.
O Diário percorreu os municípios de Mato Grosso listados
pelo Inpe. Nesses locais jornalistas são recebidos com o pé atrás. Mesmo assim,
ouviu prefeitos, ambientalistas, empresários, operários, acampados e outros
moradores. Também conversou com o governo estadual, autoridades federais e a
Assembléia Legislativa. O resultado desse trabalho é esta série de reportagens
que mostrará o que acontece nas frentes de colonização, onde o Inpe sustenta
que há desmatamento irregular e o governo estadual contesta.
(Diário de Cuiabá, 07/02/2008)