A acumulação de nitrogênio no solo dos países industrializados resulta na perda gradual de espécies vegetais, segundo um estudo publicado na quarta-feira (6/02) na revista científica "Nature". O aumento dessas concentrações de nitrogênio superiores às naturais se deve à atividade humana, principalmente ao uso de adubos agrícolas e à queima de combustíveis fósseis.
Estas atividades fizeram com que a deposição de nitrogênio nos países ricos seja registrada atualmente a um ritmo até sete vezes superior ao que havia na etapa pré-industrial. Em 50 anos, o ritmo de crescimento da deposição de nitrogênio nos países asiáticos e latino-americanos em vias de desenvolvimento terá alcançado o atual dos países ricos.
O trabalho afirma que a deposição de nitrogênio nos ecossistemas reduz o número de espécies vegetais e altera o funcionamento e a composição dos habitats. No entanto, cientistas da Universidade de Minnesota (Estados Unidos) descobriram que os efeitos do excesso de nitrogênio no solo são reversíveis, embora em um prazo de anos.
Quando um solo submetido a concentrações de nitrogênio superiores às naturais deixa de receber esse tipo de deposições, começa a se recuperar de seus efeitos e a vida vegetal volta a proliferar.
(Yahoo Brasil, Ambiente Brasil, 07/02/2008)