O projeto CatAÇÃO, desenvolvido pela organização não-governamental Instituto Baía da Guanabara (IBG) em 12 núcleos na cidade do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, teve a vigência prorrogada por 120 dias pela principal patrocinadora, que é a Petrobras.
Em razão dessa prorrogação, a renovação do projeto será negociada com a Petrobras somente no início de maio, segundo informou à Agência Brasil o coordenador da iniciativa, Adauri Souza. O apoio da Petrobrás ao projeto soma R$ 1,8 milhão.
No ano passado, os 200 catadores de materiais recicláveis atendidos pelo CatAÇÃO em cooperativas localizadas na Ilha do Governador, nos Complexos do Alemão e da Maré, em Brás de Pina e no município de Duque de Caxias, receberam cursos de informática básica, cooperativismo, empreendedorismo e gestão de negócios.
Segundo Adauri Souza, o projeto aumentou a renda dos catadores, mas, para identificar de quanto foi essa melhoria, O IBG vai elaborar um diagnóstico de avaliação das condições dos cooperados, para apresentação ao patrocinador.
“Mas a gente tem informação deles que houve, realmente, aumento de renda. Com a obtenção do caminhão para coleta do material, a gente conseguiu um aumento de material para eles. E aumento de material pressupõe elevação de renda”, disse Souza.
O coordenador do CatAÇÃO informou que das nove cooperativas que integram o projeto, sete se encontram em processo de legalização, em diferentes estágios, para se tornarem entidades formais. O projeto objetiva atingir um total de 260 catadores.
Logo após o carnaval, com o início do ano letivo, o projeto pretende engajar as escolas no esforço de inclusão social dos catadores. No primeiro momento, serão realizadas palestras em cinco escolas da rede pública sobre coleta seletiva e cidadania. A meta é aproximar os núcleos de catadores das comunidades onde eles estão inseridos. Numa segunda etapa, serão abordados também os colégios particulares.
O CatAÇÃO tem como tônica nos próximos quatro meses, que configuram o fechamento da primeira etapa do projeto, a conclusão de obras físicas para o trabalho dos catadores, a finalização do processo de legalização das cooperativas, o diagnóstico para ver os avanços e necessidades do segmento no futuro, além das palestras nas escolas, disse Adauri Souza.
(Por Alana Gandra, Agência Brasil, 06/02/2008)