O Circo Búfalo Negro, de Cachoeira do Sul, desmontou sua estrutura e deixou a cidade de Panambi na tarde desta segunda-feira (04/02), depois de fazer apenas duas apresentações sem cobrança de ingresso, em troca apenas de doações. O circo não obteve autorização da prefeitura para se instalar no município e ainda teve dois animais apreendidos pela 2ª Companhia do 2º Batalhão Ambiental da Brigada Militar. O tigre Malta, de 15 anos, e a leoa Milka, de 20 anos, foram transferidos no último sábado para o Criadouro Conservacionista São Braz, localizado no Passo do Ferreira, em Santa Maria.
O promotor de Justiça Marcos Eduardo Rauber recebeu denúncia sobre o estado em que os animais eram mantidos, logo após a chegada do circo a Panambi e solicitou investigações. Agentes da BM inspecionaram o local e decidiram pela retirada de Milka e Malta.
Segundo os veterinários Fernando Cruz, Paulo Airton Denardin e a acadêmica Melissa Machado, que realizam trabalho voluntário no criadouro, os animais chegaram debilitados e com sinais de ferimentos. Fernando Cruz explicou que o tigre e a leoa receberão tratamento especial, a fim de retornarem ao seu peso normal.
Uma segunda avaliação será feita no próximo final de semana. O administrador do criadouro, Santo de Jesus Braz, espera o apoio da comunidade para construir um abrigo adequado para os novos hóspedes. O local atende a 400 animais de 129 espécies. Segundo Jesus Braz, a leoa e o tigre já passaram por outras dificuldades. Outro circo os abandonou em 2007, em um posto de combustíveis de Seberi.
(Correio do Povo, 05/02/2008)