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hidrelétrica de itaipu
2008-02-04

A Usina de Itaipu impressiona pelo gigantismo. Tantas são as pessoas de todo o mundo interessadas em conhecer o empreendimento, que ela até criou o Complexo Turístico Itaipu, incorporado ao rol de atrações de Foz do Iguaçu. Maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia, com 20 unidades geradoras e 14 mil megawatts (MW) de potência instalada, ela fornece 20% da energia consumida no Brasil e abastece 94% do consumo paraguaio. 

Em 2000, a usina produziu 93.428 GWh, montante capaz de suprir 24% da demanda por energia elétrica do Brasil e 95% do consumo no Paraguai naquele ano. A produção correspondeu a 10.636 MW médios. A usina pertence ao Brasil e ao Paraguai e ali tudo é dividido entre os dois países. O território da usina é até meio neutro. Não pertence ao Brasil e ao Paraguai e tem regras próprias.

Pertence à binacional Itaipu. Tem 3 mil funcionários, metade para cada país e há, ao que parece, harmonia entre os profissionais da administração. Itaipu, que significa em guarani a pedra que canta, recebeu 800 mil turistas no ano passado e 14 milhões desde 1977, quando o comando binacional permitiu o acesso de pessoas ao local.

Pelas estatísticas, os visitantes até hoje são de 170 países. Há atrações em Itaipu de tirar o fôlego, mas o que mais causa emoção é a barragem, uma estrutura de concreto para reter o curso do rio Paraná e formar o reservatório. É o ponto onde estão instaladas as unidades geradoras de energia.

Conhecer o interior da usina do mirante central é fascinante, mas perceber o gigantismo da usina de Itaipu é mais perceptível quando se percorre a barragem. Caminhar pelo alto do paredão de concreto rende uma vista privilegiada do reservatório. Dentro dele, as atrações são a arquitetura, que lembra a de uma catedral por causa do formato côncavo, e o antigo leito do rio Paraná. No edifício de produção, o visitante tem a oportunidade de conhecer a sala de comando central, que controla a operação de turbinas e geradores, e a enorme galeria de onde se pode observar a tampa das unidades geradoras.

O giro pela barragem ainda permite a observação do canal de fuga, por onde a água que movimentou as turbinas retorna ao rio Paraná, seguindo seu curso natural.

A visão, a partir do mirante central, é possível realizando o percurso Visita Panorâmica. Para conhecer o interior da usina, é necessário percorrer o Circuito Especial, que inclui também passagem pelo mirante central. Dentro da barragem não é permitido o uso de chinelos, sandálias e shorts. Para ter acesso às instalações internas, a idade mínima é 14 anos. Os turistas pagam ingressos. Afinal, a estrutura turística é mantida graças aos recursos da venda de ingressos e suvenires. 
  
(Por Eugenio Bortolon, Correio do Povo, 04/02/2008)
 


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