O incêndio que atinge a Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, está prestes a ser debelado. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a expectativa se deve às chuvas que caem na região e ao trabalho realizado pelo Exército, a Aeronáutica e o Corpo de Bombeiros. Ao todo 160 pessoas trabalham para conter o incêndio.
Nesta sexta-feira (01/02), dois aviões Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) fizeram seis lançamentos de 13 mil litros de água cada um.
Com as chuvas e os lançamentos de água o superintendente do Ibama no estado, Fernando Marques da Costa, acredita que vão restar apenas pequenos focos de incêndio.
“Vão ficar pequenos focos que iremos combater por terra com abafador. Depois de cessar completamente o fogo, vamos conseguir sobrevoar e pegar pontos com GPS, para ver quanto de área foi queimada. Mas acreditamos que foram queimados em torno de 8 mil hectares, dos 33 mil que a reserva possui”, disse.
De acordo com Costa, a maior dificuldade para combater o incêndio até o momento foram os fortes ventos na região.
As causas do incêndio ainda não foram esclarecidos. Acredita-se que o fogo começou quando um andarilho jogou um cigarro de palha na mata. O Ibama conseguiu encontrar o andarilho e o encaminhou à Polícia.
“Ele é uma pessoa um pouco desequilibrada. Ele disse que estava procurando uma cidade e essa cidade que ele estava procurando fica lá no meio do Rio Grande do Sul, completamente fora da realidade”, disse o superintendente do Ibama.
Costa disse que a dificuldade agora será a recuperação da fauna e da flora atingidas. Pelo fogo. “A perda é muito grande, além, é claro, da flora dos juncos, ali é uma região de aves migratórias, então vai ser difícil para a gente codificar, porque nessa época ali tinha muitos ninhos que os pássaros fazem nos próprios juncos e essa vegetação a gente perdeu. Os animais maiores conseguem escapar para áreas que não estão com fogo, mas esses ovos a gente perde”, explicou.
A Estação Ecológica do Taim compreende parte dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande. A flora e a fauna abrigam grande diversidade. Além de seus habitantes fixos, a região recebe todos os anos aves migratórias vindas da Antártica.
(Por Quênia Nunes, 01/02/2008, Agência Brasil)