Comitiva composta por representantes do setor empresarial, movimentos sociais e da comunidade científica, coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará - Ideflor, viajou para a capital da Bolívia, La Paz, em seguida para Lima, no Peru, para conhecer os sistemas de concessões florestais e políticas de apoio ao manejo florestal comunitário implementados naqueles dois países.
Na construção de sua política de concessões florestais e apoio ao Manejo Florestal Comunitário (MFC), o governo do Estado, por meio do Ideflor está identificando experiências de países vizinhos com áreas de floresta amazônica. A diretora-geral do instituto, Raimunda Monteiro, explica que particularmente a Bolívia e o Peru se destacam por suas políticas de apoio ao MFC e concessões.
A Bolívia tem a experiência de reformulação da legislação florestal e agrária e atualmente desenvolve uma política de vanguarda no apoio à populações locais no acesso e uso de recursos florestais. Já o Peru tem uma política consolidada de concessões florestais sobre os desafios e possibilidades existentes na promoção e regulação de empresas madeireiras e os benefícios reais das concessões para o Estado.
Na Bolívia, a comitiva será recebida na Superintendência Florestal boliviana e no Instituto Nacional de Recursos Naturais (Inrena). Haverá reuniões, ainda,
na Câmara Florestal Boliviana, no Instituto Nacional de Reforma Agrária INRA, com a Unidade Florestal Municipal de Concepcion. No Peru, a comitiva se reunirá com a agência governamental responsável pelas concessões, chamada Osinfor e com a Confederação Nacional da Madeira.
Além do Ideflor, participam das visitas técnicas um representante do Conselho Estadual de Meio Ambiente - Coema/Federação das Indústrias do Pará - Fiepa, do setor empresarial representado pela empresa Arca Madeireira Ltda, um pesquisador da FASE - Gurupá e um representante da Associação Virola - Jatobá do Projeto de Desenvolvimento Sustentável - PDS de Anapu - Asseefa.
Eles irão com o interesse de troca de experiências com as organizações governamentais responsáveis, bem como para conhecer o trabalho de ONGs no apoio ao Manejo Florestal Comunitário e experiências desenvolvidas por diferentes comunidades, além de estabelecer contatos com o setor empresarial dos países vizinhos.
(Por Adriana Martins, Agência Pará, 31/01/2008)