Resgatados nas ruas de Novo Hamburgo, animais recebem tratamento no Parcão
Cavalos vítimas de maus-tratos passam por atendimento especial no Parque Municipal Henrique Luiz Roessler, o Parcão, localizado na Rua Barão do Santo Ângelo, em Novo Hamburgo. Eles chegam às baias construídas no local por intermédio de denúncias, alguns em estado de abandono. Atualmente, a área administrativa dentro do Parcão está com cinco baias e apenas um cavalo disponível para adoção, a égua Condessa, que estava abandonada na Rua Visconde de Taunay, bairro Rio Branco. Todos os animais que recebem atendimento no parque têm prazo de 30 dias para tratamentos. Passado isso, estão disponibilizados para serem adotados. Exemplo disso é a égua Condessa, que está aguardando o prazo para a entrega.
Já foram adotadas a égua Soneca, que será entregue depois do carnaval, e Esmeralda, que deixou o local na tarde de segunda-feira. Segundo o agente ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) Udo Sarlet, dois animais estão em tratamento, a égua Bentinha, encontrada na Rua Bento Gonçalves, e o cavalo Barão. “O Barão já tinha nome. Ele foi devolvido, pois o antigo dono abriu mão da propriedade, considerando que não tinha mais condições de cuidar do animal’’, relata. Os animais recebem cuidados através do tratador Erno Foss e do guarda do parque Elton Rockembach.
Geralmente, os animais chegam ao parque abaixo do peso, com alimentação inadequada em qualidade e quantidade, desidratação, sem cuidados médicos, sem vacinas, com ferimento decorrentes do mau uso das carroças e com cascos comprometidos. De acordo com Sarlet, a maioria dos cavalos que chega ao Parcão é fácil de lidar. “Todos os cavalos que recebemos têm tratamento de veterinários, nomes referentes ao bairro ou vila onde foram encontrados e passam por processos de adaptação na alimentação.”
Como adotar
O primeiro passo é preencher um formulário na Secretaria do Meio Ambiente, no Centro Administrativo Leopoldo Petry. Em seguida, a ficha será encaminhada para a organização não-governamental (ONG) Ondaa, onde é feita seleção, com questionamentos sobre assistência diária ao cavalo, existência de animais e onde ele ficará. Depois da seleção, o interessado participa de uma entrevista com o agente Udo Sarlet e com um integrante da Ondaa. Depois da adoção, a equipe do Parcão faz visitas periódicas aos locais, com a intenção de averiguar se o animal terá assistência diária e que tipo de trabalho vai exercer. O futuro proprietário recebe um termo de adoção, garantindo que o cavalo apreendido estará aposentado, sendo utilizado para situações de lazer e obrigatoriamente em zona rural. Contatos sobre o processo de adoção: 3524-0536.
(Jornal NH, 31/01/2008)