O Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, acaba de dar uma notícia animadora à Secretaria da Saúde, através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde: não foi encontrado vírus no material coletado em aves capturadas, em novembro, no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, em Mostardas.
Esta mais recente expedição teve como foco verificar a possível presença de vírus da Influenza Aviária, também conhecida por Gripe Aviária, e da Febre do Oeste do Nilo. Esta última tem o mosquito como vetor, que a transmite das aves para outros animais e homem.
Dessa forma, apesar do permanente risco oferecido por aves migratórias na sua condição de potenciais transmissoras, o Estado está livre destas enfermidades. Além do vírus causador da Febre do Oeste do Nilo foram investigados outros 18 tipos de arbovírus.
Francisco Paz, diretor do CEVS, comemora o resultado, destacando que o centro gaúcho está integrado ao sistema nacional de vigilância em saúde, monitorando a possibilidade de transmissão de doenças exóticas trazidas pelas aves migratórias.
“Além de garantir a saúde da população é atribuição do CEVS participar do monitoramento de aves migratórias feito em todo o Brasil.” Paz explica que é um projeto permanente, sem data prevista para finalizar.
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe é um dos maiores santuários de aves migratórias do Hemisfério Sul, com áreas de matas, banhados e uma lagoa de 40 quilômetros de extensão por 1,5 quilômetro de largura. Já haviam sido catalogadas 26 espécies que chegam do Hemisfério Norte e outras 182 que também cruzam o parque.
(Gazeta do Sul, 31/01/2008)