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2008-02-01

Presidente deve assinar em Lima acordos econômicos e assentar as bases para o monitoramento conjunto da Amazônia.  Estatais Petrobras e Petroperú negociam construção de refinaria de petróleo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca em Lima, no dia 5 de março, acompanhado de uma comitiva de empresários.  Será a primeira das três visitas do mandatário ao Peru em 2008, por diferentes motivos: em 16 de maio, ele retornará à capital peruana para participar da 5ª edição da Cúpula América Latina — União Européia; em novembro, estará de novo no país como convidado especial para a Cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia e Pacífico (Apec).  O Correio apurou que a agenda do primeiro encontro com o colega peruano, Alan García, estará pautada pelo estreitamento das relações econômicas e a cooperação no monitoramento da Amazônia.

Os peruanos têm o interesse de atrair mais investimentos brasileiros, após o Congresso norte-americano ter aprovado o Tratado de Livre Comércio (TLC) entre Peru e Estados Unidos.  Também acaba de ser assinado um novo TLC com o Canadá.  "Firmar o tratado levou-nos a aperfeiçoar o sistema legal, o que nos ajuda na abertura à concorrência mundial", explica à reportagem um graduado diplomata peruano.  A idéia do governo de García é vender o país aos investidores brasileiros como uma plataforma de exportação para os mercados norte-americano e asiático.  "Nossa política é de total abertura aos empresários.  Não temos proteção à indústria", acrescenta o funcionário.

Os efeitos começam a surgir.  De acordo com cifras do Ministério peruano de Comércio Exterior e Turismo, as exportações do país triplicaram em sete anos.  Em 2007, totalizaram US$ 27,6 milhões, um crescimento de 17,5% em comparação com o ano anterior.  Em 2007, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 7%, e a expectativa para 2008 é de 6% — a redução em parte é atribuída aos prejuízos causados pelo terremoto de agosto passado, que atingiu o principal centro exportador do país.  A inflação peruana fechou o ano em 2,10%.  A alta do cobre, do ouro e do gás natural tem forrado os cofres peruanos com royalties e impostos.

Alan García possui em caixa US$ 3 bilhões, montante importante para um governo que arrecada em torno de US$ 15 bilhões por ano em tributos.  Com 44% de sua população abaixo da linha de pobreza, o governo peruano defende que sua prioridade é distribuir a riqueza.  É uma escolha tanto política quanto econômica.  O mandatário peruano também espera agradecer pessoalmente ao brasileiro a ajuda humanitária dispensada às vítimas do tremor de 8 graus na escala Richter — um dos maiores terremotos da história do Peru, que deixou mais de 500 mortos, 1,5 mil feridos e 85 mil desabrigados.

Energia
Não está descartada negociação sobre linhas de transmissão, considerando-se o atual superávit de energia do vizinho.  Sobre a mesa também está a possível construção de uma refinaria de petróleo, em uma cooperação entre as estatais Petrobras e Petroperú.  Lima ambiciona adquirir uma aeronave R99, na perspectiva de uma completa integração com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).  Uma comitiva brasileira esteve na capital peruana, em julho de 2007.  Em seguida, autoridades do país vizinho visitaram o Centro Técnico e Operacional do Sipam em Porto Velho.  A partir dessa integração já estão sendo realizados trabalhos em parceria, como estudos hidrológicos com o Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia do Peru (Senamhi).

"Só falta adequarmos os radares para serem compatíveis com o sistema do R99", explica uma autoridade peruana.  A parceria entre Brasil e Peru nessa área é tratada como projeto piloto, já que a cooperação poderá se expandir para os demais vizinhos amazônicos.  Lula e García devem conversar ainda sobre a troca de experiências na área social.  Uma delegação do Ministério do Desenvolvimento Social estará no Peru em fevereiro para apresentar detalhes do Bolsa Família.

PT Apóia Humala
O Partido dos Trabalhadores (PT) se solidarizou ontem com o coronel reformado Ollanta Humala, candidato presidencial derrotado e alvo de processo no Peru.  "Manifestamos nossa solidariedade a Ollanta Humala, presidente do Partido Nacionalista Peruano, vítima de um processo judicial no qual não está sendo garantido o adequado e indispensável direito de defesa", afirma a nota assinada por Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais do PT.  Para Pomar, Humala sofre perseguição política.  A Justiça peruana pediu que ele seja condenado a 15 anos e expatriado.  Ele é acusado de crime de rebelião em agravo do Estado, por participar da ocupação de uma delegacia em Andahuaylas, em 2005.

(Por Claudio Dantas Sequeira, Correio Braziliense, 31/01/2008)


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