Depois da Bunge rotular seu óleo Soya, agora é a vez da Cargill anunciar que vai colocar o símbolo de transgênico em seus óleos de soja Liza e Veleiro, conforme determina a lei de rotulagem em vigor no Brasil desde 2004. Ambas as empresas foram obrigadas a tomar a iniciativa por determinação da Justiça, que aceitou ação civil pública do Ministério Público de São Paulo exigindo a rotulagem. O MP-SP, por sua vez, se baseou em denúncia feita pelo Greenpeace em 2005 que revelou como Cargill e Bunge desrespeitavam a lei e os consumidores ao não informar sobre o uso de soja transgênica na fabricação dos óleos.
De acordo com a lei, todos os produtos fabricados com mais de 1% de organismos geneticamente modificados devem trazer essa informação no rótulo. Isso vale mesmo para produtos como o óleo, a maionese e a margarina, em que não é possível detectar o DNA transgênico. "Após quatro anos da entrada em vigor da lei, e dois anos de nossa denúncia, as empresas finalmente resolveram se adequar", afirmou Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace.
"Agora vamos continuar com a pressão para que tanto a Bunge como a Cargill rotulem também outros produtos, como margarinas e maioneses, fabricadas com a mesma soja transgênica. Só assim os brasileiros vão poder realmente exercer seu direito de escolha, que é garantido por lei."
Confira o nosso Guia do Consumidor, com a lista das empresas que têm produtos livres de transgênicos.
(Greenpeace, 31/01/2008)