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lixo tecnológico / eletrônico
2008-01-31

A família de Pérsio Ciulla, 30 anos, de Porto Alegre, faz parte de uma parcela de brasileiros que aproveita as facilidades oferecidas por muitas operadoras e troca de celular quase todos os anos. Costume que colaborou para uma estatística assombrosa: só no ano passado, o número de celulares cresceu 21,07% no Brasil. Já são mais de 120 milhões de aparelhos em todo o país, para uma população de cerca de 180 milhões.

O problema é que muitos celulares acabam jogados na gaveta de casa com baterias e carregadores, sem utilização. Descartar no lixo doméstico, nem pensar. Então, o que se deve fazer com eles?

De acordo com a professora da faculdade de Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Andrea Moura Bernardes, não existe um local específico, administrado e indicado pelo governo, para tal atitude:

- Quem guarda os objetos na gaveta faz certo.

Para quem não quer de jeito nenhum deixar os aparelhos guardados em casa, há opções que não passam pelo poder público. Alguns fabricantes recebem esses celulares de volta. Além disso, existem outros projetos desenvolvidos por empresas privadas (leia abaixo). Mesmo assim, diz Andrea, eles não são suficientes para atender à demanda, já que as substituições são freqüentes.

Os membros do clã Ciulla colaboram para essas estatísticas. O primeiro celular do acervo (que conta com cerca de 10 telefones, seis carregadores, três baterias, oito capas e um equipamento para viva-voz) foi comprado nos Estados Unidos em 1993 e é do tipo "tijolão".

- Meu pai tem um apego emocional por essas porcarias - brinca Pérsio, acrescentando que há poucos dias uma bateria foi encontrada em estado de oxidação.

Esse é o grande problema em descartar as peças no lixo doméstico. Devido aos elementos químicos que contêm, quando chegam ao aterro podem acarretar danos ao ambiente. Em contato com umidade, água, calor ou outras substâncias, os componentes tóxicos contaminam solo, rios, plantas e animais.

Alguns países investem na reciclagem dos aparelhos. O engenheiro químico Daniel Bertuol, que morou na Alemanha para desenvolver sua tese de doutorado sobre o assunto, conta que, por lá, a preocupação é constante:

- Quando o cidadão compra um celular, paga um valor adicional referente à tarifa do processo de reaproveitamento, que é bastante cara.

E é isso, justamente, que dificulta a implantação de um programa no Brasil: os custos. Até porque, segundo Bertuol, que critica alguns trabalhos de companhias "preocupadas com a questão", não adianta retirar os metais mais nobres dos objetos e colocar o resto fora. O ideal é recuperar tudo. Caso contrário, a natureza continua sendo afetada.

Opções para o descarte
Algumas empresas incentivam a reciclagem de aparelhos celulares ou baterias oferecendo postos de coleta:
Fabricantes: Alguns mantêm projetos de reaproveitamento de aparelhos e baterias. Nokia e Motorola, por exemplo, recebem os aparelhos em serviços autorizados de todo o país. Se você quer saber se o fabricante de seu celular recebe os aparelhos e onde descartar, consulte o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa
Papa-Pilhas: Recebe baterias de celular. O recipiente para coleta está presente em agências do Banco Real de Porto Alegre. Atualmente, 800 pontos já têm o Papa-Pilhas que, desde seu lançamento, já recolheu e destinou para reciclagem mais de 33 toneladas de pilhas e baterias. Confira os postos de coleta em: www.bancoreal.com.br/papapilhas
Vivo Recicle Seu Celular: Para o processo de descarte basta comparecer a um estabelecimento da Vivo, assinar um termo de doação, colocar o material em um envelope especial e depositar em uma urna.
O equipamento é levado pela ReCellular - empresa responsável pelo recolhimento e pela reciclagem dos produtos
Passe adiante: Você também pode simplesmente doar o seu celular para alguém ou até mesmo vendê-lo. Lojas que comercializam o produto usado normalmente compram de volta. Os preços que você pode cobrar variam entre R$ 25 e R$ 300, dependendo do modelo.

Idéia
O que não serve para você, pode servir para outra pessoa. Que tal fazer uma feirinha de celular entre seus amigos? Sempre que trocar de aparelho, pergunte se alguém tem interesse em adquiri-lo. Você pode cobrar um preço simbólico ou simplesmente doá-lo.

(Zero Hora, 31/01/2008)


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