O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, descartou mais uma vez a necessidade de vacinação massiva da população contra a febre amarela. Na terça-feira (29/01), em entrevista à rede nacional de rádios parceiras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Temporão disse que não há indicação técnica e sanitária para que todos se vacinem.
“Seria submeter as pessoas que não vivem em área de risco a um risco desnecessário. Todo medicamento tem um risco potencial quando você toma, e a vacina é um medicamento. Quem não vive em área de risco, mas vai viajar para essas áreas, seja a trabalho, ou a lazer, tem que se vacinar previamente. Essa é a orientação que o governo mantém e vai manter durante o período todo”, disse.
Ele afirmou que foram registrados 19 casos neste ano e 10 mortes em decorrência da febre amarela. Temporão garantiu que a situação está sob controle agora, passado o susto dos primeiros casos. “Acho que hoje já há um grau de informação da sociedade muito maior", disse o ministro, ao lembrar que no começo do ano houve um período de conflito de informações, que foi ruim.
"Alguns veículos deixavam a coisa [informação] de uma maneira um pouco dúbia, como se houvesse uma diferença de interpretação entre o que as autoridades sanitárias falavam e o que parte da imprensa falava. A população, ao perceber isso, ficou insegura e, ficando insegura, procurou se vacinar, muitas vezes sem precisar. Mas acho que a qualidade da informação neste momento melhorou significativamente”, concluiu.
(Por Lana Cristina, Agência Brasil, 30/01/2008)