Segundo o analista ambiental Kuriakin Toscan, chefe do escritório do IBAMA em Tramandaí, que está no local, cerca de 120 pessoas estão neste momento tentando apagar as chamas que já consumiram uma área grande de juncais secos nos banhados da Unidade de Conservação, desde o início o incêndio na segunda-feira (28/01).
O grupo é formado por bombeiros da região sul do Estado, servidores do IBAMA, brigadistas do Prevfogo de várias localidade e alguns voluntários. O helicóptero 04 do IBAMA que continua no Taim recomeçou o trabalho de manhã bem cedo. No início da tarde de terça-feira (29/01), quando iniciou o combate às chamas até o final do dia, foram realizados pela aeronave, 25 lançamentos de água, permitindo controlar parte das chamas mais próximas da sede da Estação Ecológica.
E de acordo com o chefe da Estação Ecológica do Taim, Amauri Motta, hoje, o maior foco está distante cerca de 20 quilômetros da sede, na direção sul do Taim "Estamos trabalhando forte e a parte de logística está se estruturando". E segundo, a Unidade está recebendo apoio humano e material. Na terça-feira à tarde, por exemplo, o prefeito de Santa Vitória do Palmar, Cláudio Fernando Breyer Pereira esteve na Unidade de Conservação levando alimentos e combustível para a equipe.
O analista ambiental Kuriakin Toscan descreve o cenário de ontem, com grandes extensões de fogo e a dificuldade de acesso aos banhados, como desoladores. Amauri Motta aponta o incêndio e suas conseqüências como uma catástrofe para a Unidade de Conservação, enquanto calcula até hoje (30/01) cerca de três mil hectares queimados. "Mas agora estamos preocupados é com o combate ao incêndio e com o transporte do pessoal até o foco principal", explica.
O Taim tem 33 mil 815 hectares e abrange parte dos municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico.
(Por Maria Helena Firmbach Annes, IBAMA/RS,
Eco Agência, 30/01/2008)