O local abriga exemplares raros de fauna e flora, alguns ameaçados de extinção, como o cisne-de-pescoço-preto
- Os espaços abrigam uma riqueza de fauna e flora. A estação tem área pequena, e a biodiversidade abriga espécies que utilizam os banhados para reprodução, alimentação e descanso - disse Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico da Fundação Universidade do Rio Grande, acrescentando que o ecossistema do local é frágil e se mantém devido ao esforço para a manutenção da área de preservação.
O valor ambiental da estação é tão significativo que, além de a visitação ser proibida, apenas 10% da área total pode ser usada para estudos e projetos científicos. Ainda assim, é necessária autorização prévia do Ibama, com justificativa, para que pesquisadores entrem no local. Quem transita pela BR-471, que corta parte da estação ao ligar Rio Grande a Santa Vitória do Palmar, pode ver parte dessa riqueza natural.
No banhado atacado pelas labaredas, há ninhos de aves e, sob a vegetação, tem uma lâmina dágua que serve de morada para peixes e répteis. A criação de ilhas no banhado, cercadas pelas chamas por todos os lados, pode impedir o recuo de alguns animais.
Segundo o analista ambiental do Ibama no Estado José Paulo Fitarelli, parte da fauna consegue fugir, desde que o fogo esteja em uma linha contínua, em uma região para recuo seguro. Mesmo nesses casos, estão em maior risco os filhotes e os ninhos.
(Zero Hora, 31/01/2008)