Trinta milhões de reais: este é o valor de um convênio destinado à "recuperação da lavoura cacaueira do Estado do Espírito Santo e para a preservação do bioma da mata atlântica que compõe o seu principal sistema de produção". O resumo do convênio foi publicado no Diário Oficial (DIO) pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag).
O cacau é plantado no meio da vegetação nativa. A mata que sombreia as plantações de cacau é chamada de cabruca. Na região de Linhares, é permanente a ameaça à cabruca. Há destruição da vegetação nativa e em seu lugar vêm sendo feitas pastagens.
O "protocolo de intenções" do convênio tem como signatários o governo do Estado, através da Seag, do Incaper, Idaf, Bandes e Banestes. Participam o Ministério da Agricultura, representado pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e Superintendência Federal da Agricultura (SFA).
Participam ainda a prefeitura de Linhares, bancos do Brasil e do Nordeste, a Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal) e o Sistema de Cooperativa de Crédito do Brasil (Sicoob-ES).
Segundo a publicação, o objetivo do convênio é "a integração de esforços" que contribuam para a recuperação da lavoura cacaueira, como para a mata atlântica. O convenio está em vigor até 31 de dezembro de 2008 e a publicação é assinada por César Colnago.
(Por Ubervalter Coimbra, Século Diário, 30/01/2008)