Guatemala enfrentará graves problemas climáticos durante as próximas décadas, devido a mudanças constantes no uso do solo, afirmou Edmundo de Alba, físico de origem mexicana e membro do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), entidade que se fez merecedora do Prêmio Nobel da Paz, por seus estudos sobre aquecimento global.
De Alba, que visitou a Guatemala para fazer uma fala sobre mudança climática, durante a apresentação da Nova Escola de Pensamento Ecologista Savia, assegurou que um dos fatores que contribui para aumentar o nível de gases de efeito estufa na atmosfera é a constante mudança no uso do solo.
O especialista enfatizou que o desflorestamento dos bosques e das selvas é um problema que deve ser cuidado imediatamente pelo estado guatemalteco, do contrário sofrerá com mais intensidade os efeitos negativos da mudança climática, como as secas e as inundações, em um futuro imediato.
A atual temperatura da terra é em média 15 graus centígrados, mas se a tendência do consumismo e da queima de carburantes para gerar energia continuar como até agora, durante o próximo século aumentará de 2 para 3 grados na superfície, assegurou o cientista.
Onze anos dos doze mais quentes da história, foram registrados entre 1995 e 2006; o problema se centra na acelerada mudança que sofrem as temperaturas devido às atividades humanas, acrescentou o funcionário internacional.
Guatemala contribui para a mudança climática ao modificar o uso do solo, ao não deter o desflorestamento e ao não promover políticas nacionais que protejam a biodiversidade que possui, por isso é vital que as autoridades atuem agora para reverter dita tendência e diminuir os efeitos negativos, concluiu De Alba.
(Cerigua,
Adital, 29/01/2008)