Mais de 28 mil produtores de fumo de 83 municípios gaúchos integram-se ao Programa Plante Milho e Feijão depois do Fumo. Nessas propriedades, deverão germinar, na chamada safrinha, 154.161 toneladas de milho e 6.745 toneladas de feijão, volumes altamente representativos não apenas para a renda dos agricultores familiares, mas também para a economia das localidades.
A certeza da obtenção desses resultados está alicerçada na parceria reafirmada, nesta segunda-feira (28), entre a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, a Emater/RS-Ascar e a empresa Souza Cruz.
Durante a assinatura do convênio, no início da tarde, em seu gabinete, o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, João Carlos Machado, falou do apoio do governo estadual ao programa. “É uma ação importante para os produtores, que têm confiança na iniciativa, assegurada por uma parceria antiga”, acrescentou o presidente da Emater/RS, Mário Ribas do Nascimento. Esteve presente também o gerente técnico adjunto, Paulo Lipp João.
O gerente de Assuntos Corporativos da Souza Cruz, Flavio Marques Goulart, afirmou que a parceria está consolidada. Para o gerente nacional de produção agrícola da indústria, Marcos Salvadego, ela representa um ganho importante para toda a cadeia produtiva, porque transmite segurança aos agricultores.
Meta
O programa tem como meta envolver 24.560 produtores de milho, que ocuparão 44.046 hectares de área plantada, com produtividade esperada de 3,5 mil quilos por hectare. Para o feijão, a projeção é de 3.867 produtores, com área de plantio de 6.132 hectares e produtividade média de 1,1 mil quilos por hectare.
Uma campanha será divulgada em emissoras de rádio, com o slogan “A terra não fala, mas ela agradece”. A peça publicitária adverte que a terra parada não rende nem para o bolso dos produtores, nem para o meio ambiente. À Emater/RS-Ascar, caberá dar apoio técnico e orientação para o plantio das duas culturas.
O plantio do feijão da safrinha é recomendado para janeiro e fevereiro, assim que a
colheita do fumo é concluída. Já o do milho ocorre de janeiro a meados de fevereiro. Entre as recomendações, uma é bastante ressaltada pelos técnicos: na resteva do fumo, não há necessidade de fazer adubação de base. Basta fazer adubação de cobertura com uréia, utilizando dois ou três sacas por hectare.
O programa visa ainda à ampliação da oferta de grãos - em especial, do milho -, ao incentivo do uso racional do solo, da mão-de-obra, de equipamentos e de instalações da propriedade. Incentiva também a aprovação da adubação residual do fumo. Os produtores são estimulados a utilizar o sistema de plantio direto ou cultivo mínimo, diversificando as atividades. Em contrapartida, as propriedades registram redução da incidência de pragas, doenças e ervas daninhas, e diminuem os custos na criação de animais.
(Ascom Governo do Estado do RS, 28/01/2008)